Rodas no Rio de Janeiro

Por Matthias Röhrig Assunção.

A roda de capoeira é documentada nas ruas no Rio de Janeiro desde aquela famosa gravura “jogar capoëra”, baseada em desenho de Johan Moritz Rugendas, publicado em 1835. No início da República (1889-90), a capoeiragem desapareceu das ruas após repressão sistemática das autoridades. As rodas de rua de capoeira ressurgiram após o Estado Novo. Entre os milhares de trabalhadores baianos e nordestinos que vieram para o Rio de Janeiro, alguns deles eram capoeiras.

Conheça as rodas

que fazem parte da história da capoeira no Rio de Janeiro

Rugendas

 Nas décadas de 1950, 1960 e 1970 várias rodas de rua aconteciam na cidade, com a participação de baianos e cariocas, alguns deles malandros da antiga, outros já alunos dos baianos. As mais famosas rodas eram a da Quinta da Boa Vista, a roda de carnaval na Central do Brasil e a roda da Festa da Penha. Dessa maneira, as rodas de rua contribuíram para a emergência dos estilos contemporâneos.

Com o crescimento das academias e grupos organizados de capoeira desportiva, algumas rodas de academia começaram a aglutinar capoeiristas de vários estilos e linhagens. A roda de Zé Pedro em Bonsucesso é sem dúvida a mais importante desse novo lugar para uma de roda de capoeira, a academia. As rodas de rua perderam importância, a partir da década de 1970. Dessa época, apenas a Roda de Caxias subsiste até hoje. Vamos tentar resgatar aqui um pouco da história das rodas no Rio de Janeiro. Se você tem material sobre rodas antes de 1984 e gostaria de compartilhá-lo, por favor, entre em contato com capoeirahistory arroba gmail.com.